sábado, 12 de abril de 2008

Fotos Semana de Comunicação











terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ch-ch-ch-ch-changes!

Mudei de casa virtual!

Já tem um tempo que eu penso em deixar o blogspot. Aliás, eu nunca gostei daqui, sempre trocando de nome, de layout, os posts dando pau, eu tendo que editar o mesmo post 800 milhões de vezes para que ele ficasse do jeito que eu quero e etc. Sempre quis que tudo fosse mais organizado e nunca aprendi a editar xml pra fazer meu template.

Lá eu também não tenho um template próprio, mas, perceba como a página está bem melhor organizada e eu não precisei de uma tarde inteira para fazê-lo. Foi por isso que eu fui.

Já tem uns 3 dias que eu preparo tudo e hoje já posso falar: mudem o link do meu blog para http://www.sortenojogo.wordpress.com/

Esse nome é fixo e muito dificilmente será trocado. Portanto, enjoy it!
;)
Espero todos vocês por lá.

Esse continua aqui porque eu realmente me apeguei a ele. Mas ainda não estava satisfeita com o template. Pra vocês verem. É realmente difícil me agradar. ¬¬

Bjosmevisitem!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sobre a minha curta memória política

Não me é muito difícil admitir a pouca extensão de minhas memórias no campo da política. Principalmente da piauiense, já que tem épocas nas quais a brasileira é praticamente enfiada goela abaixo daqueles que consomem o mínimo de informação diariamente. O fato de não ser difícil admitir isso, não quer dizer que eu me vanglorie de minha alienação. E nem poderia.

Eu cresci mesmo foi lendo as revistinhas da Turma da Mônica, do Tio Patinhas e assistindo o Chaves, o Pica-Pau e Tom & Jerry. Na escola, as professoras de História nos davam revisões, que consistiam em questionários de 15 a 20 itens, dos quais 10 estariam na avaliação; prática que estimulava, exercitava a memória, mas decoreba não dura muito tempo na cabeça de ninguém. E foi assim comigo também.

A minha esperteza pra datas, lugares, fisionomias e nomes era algo extraordinário. Lembrava números de telefones, placas de carros e até o chassi do carro daqui eu decorei.

Porém, ao mudar de escola e ver que algum dia na vida eu teria que pensar, nem que fosse só pra passar de ano, essa minha habilidade foi se atrofiando, de modo que, se eu não entendia o assunto, não tinha decoreba que desse jeito. Muito pelo contrário, fazia era atrapalhar porque eu acabava misturando o pouco que tinha aprendido com o que tinha decorado e a emenda saía pior que o soneto.

Quando eu cheguei ao 3º e último ano do ensino médio, aí sim, me vi numa sinuca de bico. Mais que conhecimento, o vestibular exige sagacidade, certa malandragem e, junto com ela, conhecimentos de atualidades, informações. Pra isso existem aquelas revistas que eu chamo de “Revistas Pré-Vestibular”, que são VEJA, Época e Isto É.

Devorava todas! Lia todas três por semana, e não tinha a assinatura de nenhuma. Pegava na biblioteca da escola, emprestado de amigos, comprava quando sobrava dinheiro do fim de semana, enfim, dava o meu jeito. No meu 3º ano já tínhamos dois anos de mandato do Presidente Luís Inácio Lula da Silva. É isso aí! Eu ainda não votava. Era tão pouco politizada que não fiz questão de tirar meu título eleitoral aos 16 anos.

Nascida numa família genuinamente petista, composta de vários ex-militantes do partido, foi no que eu me transformei. Claro que, com tamanha bagagem política, eu nem poderia dizer o porquê de ser eu uma das seguidoras da estrelinha. Minha única resposta, e que não poderia ser usada por aí para não demonstrar tamanha inépcia de percepção mundana da minha parte, era a de que meu pai é a pessoa mais inteligente que eu conheço e, durante anos, tinha exercido militância em prol do PT. Ele agora já sabe que todo mundo rouba, mas tem uns que, além disso, administram. Eu também entendi.

Quando das eleições de 2006 para governador, presidente e deputados, eu já tinha título, eu já podia votar. Não titubeei, fui lá e tchum, o dedo no 1 e no 3 em quase tudo. Só não foi 13 pra deputado estadual. Não gostava da fama do atual candidato, Antônio José Medeiros, muito criticado pelo povo da educação, segmento do qual ele foi Secretário em algum tempo que eu não sei qual foi.
Na apuração eu fui lá pro bar do seu Moisés, com um punhado de gente. Lembro bem que o Pedro, a Clarissa, o Ennio e o Marco Aurélio estavam também. Só eu e Ennio não havíamos votado nele. Mas a torcida a favor do Antônio José estava grande. O candidato que recebeu meu voto perdeu. Era o advogado Celso Barros, do PMDB (antigo ARENA) partido que, apesar de abrigar o nosso senador Mão Santa, tinha um pouco da minha simpatia. Juntando a má fama de Antônio José, à simpatia que eu nutria por Celso Barros, escolhi o segundo mesmo. Ainda hoje não acho que tenha desperdiçado voto. Talvez tenha sido o único consciente.

Votei no governador que era da situação, Wellington Dias, do PT, e não posso reclamar de sua gestão. Apesar da pouca maturidade pra sacar nas entrelinhas as manobras políticas exercidas por esses artistas, eu vejo algumas promessas de várias campanhas, não só das dele – é governador reeleito -, sendo cumpridas e realmente acho que isso é um ponto positivo. Da mesma forma que não posso ignorar os bem-feitos do tucanato, com os prefeitos Firmino Filho (1996-2004) e Silvio Mendes (2004-?).

É mister a qualquer ser humano que queira se tornar um bom jornalista, deixar a mediocridade de lado e se agarrar um pouco à sensatez. Descobri há pouco tempo que a política do pão e circo (rouba, mas faz) é um ciclo que funciona de maneira bem inversa à que o meu pensamento aceitava. Eu nunca corroborei com essa premissa. Sempre achei a mais pífia de todas. Como pode o cidadão, alguns até mais politizados que eu, abrirem a boca pra defender seus algozes alegando tal prática? “Rouba, mas faz”. Francamente!

Descobri o que muitos já sabiam. Nada de rouba, mas faz. Me foi revelado que eles fazem pra roubar. Antes não fizessem, mas também não roubassem. Ou, seria até perfeito, se eles roubassem pra fazer. Mas não.

Quando fui entrevistada pro estágio no Portal AZ, disse à editora-chefe que, exatamente por falta que lapidação intelectual na política, eu não gostaria de cobrir pautas desta editoria sozinha. Nunca recusaria ou passaria pra outra pessoa; só não gostaria de ir sozinha. Mas, meio de comunicação online é completamente imprevisível e temos que estar a postos all the time pra o que der e vier. Assim o faço na maior parte do tempo.

O que se deu foi que hoje aconteceu o julgamento dos envolvidos nos casos de violação à fidelidade partidária aqui no Piauí. O repórter cobre-tudo do portal faltou e me incumbiram de tal tarefa. Percebam que, ao longo desse extenso e cansativo texto, eu não toquei em nome de vereador. Não conheço os vereadores e, ao cobrir pauta pro meu antigo estágio na Câmara Municipal, também não entendi o que eles fazem. Aliás, durante todo o tempo que eu passei na Câmara, eles não fizeram foi nada. Tiveram uns diálogos, umas discussões que falavam, falavam e nada diziam. Acho que se me colocassem ali com meus amigos, discorreríamos sobre os temas abordados de forma bem mais consistente.

Firulas à parte, lá fui eu, a caminho do TRE (que eu também não sabia onde ficava, sendo que toda vez que vou ao TJ ou à Assembléia, passo lá em frente; mas só sabia que ficava perto), com um bloco com alguns nomes em mãos, um gravador na bolsa, um fotógrafo ao lado e um monte de informações embaralhadas na cabeça. Mas fui. E, no meu íntimo, eu estava feliz de estar ali. Não sozinha, mas minha desgraça tinha lá a sua felicidade.
Cheguei, entrei e logo avistei um amigo de universidade, que trabalha no ramo há bem mais tempo que eu. Na verdade, eu considerei o dia de hoje a minha estréia no jornalismo político. Não foi uma estréia brilhante, é verdade, mas foi uma. Sentei ao lado do amigo e peguei com ele algumas informações que muito me ajudaram a entender o processo todo.

Como desconheço muito do linguajar penal, aquilo logo se tornou um tormento. Eu só pensava em como construiria a matéria, em como repassaria as informações pra redação, já que eu teria que dá-las por telefone, para que fossem divulgadas imediatamente após o veredicto. Só sei que continuei lá sentada, olhando para juizes, desembargadores, advogados e... opa! Cadê os julgados? Nenhum na sala. O que significava que minha tarefa seguinte seria procurá-los para uma entrevista.

Eu realmente não conheço ninguém, não sei a cara de nenhum vereador. Fui meio às cegas me enfiar no meio de uma turba de jornalistas que entrevistava alguém mais adiante e usei meu gravador, prontamente separado para a ocasião. Não sem antes derrubar a caneta, o bloco e, sem a menor intenção, ignorar alguém que falava comigo, senão não seria eu. Recolhi a sua fala, a do advogado e fui embora, achando que tinha ouvido o nome da pessoa. Claro que eu esqueci o nome do fulano e, na hora de postar a matéria, ninguém no portal o reconheceu pelo rosto e deu aquela confusão.

O ponto desse post imenso, é que eu fui embora sem pegar depoimento de quem realmente interessava. Isso me causou uma frustração muito grande, uma sensação de impotência, porque tudo o que eu faço é bem feito e isso também tinha que ser. Eu precisava ter me mostrado que, mesmo com pouca memória política, mesmo sem conhecer os personagens que compõem o meio, eu tinha que ir lá e fazer bem feito! Dessa vez não deu, mas já foi um bom começo. O problema é só que, daqui pra frente, não terei esse alento. Hoje eu comecei. Daqui pra frente eu já sei de alguma coisa e é minha obrigação aprender o que ainda não sei.

Mas, sinceramente, sem querer me defender, ou justificar toda essa minha desinformação política, mas, um estado que tem como vereador uma pessoa apelidada de Didi Mocó, realmente não merece minha atenção. Não merece, mas, infelizmente, eu tenho que dar. É o único jeito de não repetir em 2008, o que fiz em 2006: votar sem a mínima noção de nada.

Nowadays, tento estender minha memória ao campo político para, além de ser mais politizada – uma característica que o brasileiro deveria ter em demasia - , exercitar algum tipo de memória, antes que ela pife de vez.

Eu passei as informações por telefone e a Ana Cândida Martins redigiu. Segundo infiel é cassado e outros dois escapam em julgamento no TRE-PI.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sem dor não existe arte

e vice-e-versa.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Desconecvicissitudes

Me disseram que ontem tivemos um terremoto

Mas meu coração continua o mesmo

O que terá acontecido de

Extraordinário
Sobre
Natural

Todo dia eu sou eu e você



Meu desafio de hoje é fazer um texto em 10 minutos no qual eu coloque tudo o que venho sentindo/tenho sentido nesses últimos tempos/meses ele vai ser escrito assim em período corrido sem pontuação porque me dá a ilusão de ser mais rápido e dá também a ilusão de que poucas pessoas vão ler e me descobrir eu tive também a ilusão de que colocar a Preta mais uma vez nessas linhas seria lúcido do ponto de vista racional e esculhambar com as emoções dela me faz um bem danado enquanto pra você viver sem paixão é um tormento pra mim é um sabor sem igual isso so me prova que eu consigo fazer um texto em 10 minutos e eu ainda tenho mais sete pra falar que meu final e início de ano foi/foram bem conturbado/s por uma série de coisas que me aconteceram e que te envolveram também isso pode soar meio ambíguo pro resto da humanidade mas eu sei que você vai entender ou não eu não quero falar nada em especial com isso até porque já joguei metade de tudo pro alto e enquanto o outro final de ano não chega eu sigo escrevendo assim sem períodos pra que você leia e não entenda mesmo eu menti várias vezes e não me arrependo porque aquilo me provou que eu sou mais forte que eu mesma e vou dar conta de tudo que vier pela frente com ou sem você sem fazer seu gosto sem fazer sua vontade eu me descubro uma pessoa melhor em mim mesma e amo cada vez mais a minha liberdade e a distância que existe entre todo mundo eu sei que ta confuso e por isso não vou dizer dessa vez que isso foi feito pra ninguém porque eu queria mesmo era estar perto de todo jeito pra resolver tudo como eu sempre resolvo na pressão no amor no carinho na compreensão só em ouvir talvez whatever eu acho que a minha presença ameniza muita coisa mas poderia também deixar pior ou isso também pode ser muita presunção da minha parte completamente sem intenção é claro mas eu acho mesmo isso e não vou mais esconder não vou mais me esconder eu realmente não queria mas vou sempre estar em algum lugar para que você possa me alcançar do jeito que você sabe que eu gosto porque eu sei que você sabe e lembre-se sempre viver sem paixão mais tarde se torna uma dádiva que se torna um tormento que se torna algo indescritível que se torna um simples texto de período único e sem pontuação acabou o tempo tchau

Every day I wake up and it's Sunday
Whatever's in my eye won't go away
The Radio is playing all the usual
And what's a Wonderwall anyway

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you
About you
But that's not you

It's good to know that you are home for Christmas
It's good to know that you are doing well
It's good to know that you all know I'm hurting
It's good to know I'm feeling not so well

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you about you
But that's not you
Do you know it's true
But that won't do

Maybe then tomorrow will be Monday
And whatever's in my eye should go away
But still the radio keeps playing all the usual
And what's a wonderwall anyway

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you
About you
But that's not you
Do you know it's true
But that won't do
And you know it's you
I'm talking to

Take care yourself my funckin' dear friend.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Se o UOL diz, eu acredito!





Eu sempre soube que isso não é profissão! SEM-PRE!!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Uma saga chamada jornalismo (2)

(...)

Volto, no calor de 50ºC inerente a esta cidade o ano inteiro, quase dormindo ao volante, pro tal do HGV (quem conhece sabe o que se vê por lá). O Hospital será um dos maiores beneficiados quando essa remoção acontecer, porque eles não têm autonomia de porra nenhuma pra mandar a galera vazar de lá. Gente, eu entendo que aquele é o pão deles, a sobrevivência mesmo. Mas à medida em que eles passam a vender comidas *sem nenhum tipo de proteção e conservação* na porta de um hospital público (não seria menos seboso se fosse de um privado, é que no público o movimento é maior), eles colocam em risco tanto a vida das pessoas que compram pra comer lá, como a dos pacientes, porque os restos de comida caem ali por perto e propiciam a proliferação de insetos, ratos, etc.

OK. Já falei por demais das particularidades da matéria. Fui lá, falei com a mulher e let's go, baby! Vai pra casa fazer a matéria, certo? Não mesmo. E os camelôs? E o lado deles? E o presidente da ASSOCIAÇÃO dos Ambulantes de Teresina? Ele sim, estava por dentro das coisas. Tem curso superior, e tira o dinheiro da outra faculdade da vendinha que tem ao lado do hospital.

Os camelôs, já vacinados com a imprensa, quase me expulsam de lá a chutes. Quando eu falava que era repórter do Meio Norte, vixe... lá se ia todo mundo me virando as costas. Consegui umas 2 pessoas que aceitaram dar declarações desde que tivessem os nomes omitidos e fui atrás do belo presidente da Associação.

Alooowww... fazer tudo num dia só não combina com sua alma de Maria do Bairro, bem! Ele só volta amanhã, viu? Beijosnãoligapqportelefoneéfeio.Voltadepois,tá?

De lá tinha que ir pra UFPI entregar outra matéria pro nosso jornal laboratório. Fui, entreguei, assisti aula e, por fim, fui buscar o papai. Cheguei em casa pra lá das 22h, morta, cansada, fedida, um saco! Tomei banho, jantei, e dormi, certo?

Erraaaado. E que horas eu escreveria a matéria? Esqueci de dizer ali em cima que era pra entregar até meio dia do dia seguinte. Fui fazer tudo de modo que deixasse espaço só pra fala do tal presidente e de um freqüentador do hospital. Sim, porque o HGV não tem pacientes, tem freqüentadores. Assíduos, diga-se de passagem. Dormi às 03:30h.

Acordei às 6h do dia seguinte só o pau da placa, tomei café, sorridente, alegre e saí com meu pai. Passei no HGV, falei com a freqüentadora (há mais de 10 anos =O ), com o presidente e, quando já eram umas 10:30 corri pra casa da Maria Clara, que mora ao lado do Jornal. Corri contra o tempo, escrevi, escrevi, digitei, digitei e, faltando 5 min. pro meio-dia lá estava eu com as 2 folhas de xamex branquinhas, com letrinhas incrivelmente pretas, o número exato de linhas pedido na pauta e com todas as falas possíveis do mundo inteiro.

Fui embora, cara. Eu precisava de um descanso pra minha vida. Descansei um pouco em casa e mais tarde fui deixar o carro pro papai.

Quando eu entro na repartição onde ele trabalha, Flávio liga querendo saber se tinha dado tudo certo. “Que deu, deu! Só não sei se fui aprovada”, foi a frase usada. Desligo o telefone e vou pegar o ônibus pra ir pra casa do Rafael me encontrar com o Ennio. O ônibus passa e, 2 min. depois que eu entro, o tel toca novamente.

- Alô! É a Natália?
- Sim, pode falar.
- Oi, Natália! Aqui é o fulanodetal do Jornal MN. Nós gostamos bastante da sua abordagem do tema e gostaríamos de saber se você tem disponibilidade para o turno da...

TCHANRAN!

... tarde!

Nesse momento, encarna em mim o espírito Oasis e eu começo a cantar... lalala Panic is on the waaayyy!!!

Juro como a vontade de desistir dessa profissão só passou quando eu cheguei na casa do Rafael e ele falou:

- E aí?
- Passei! Mas não posso assumir, é pro turno da tarde. (Cara de desolação)
- Nat, tu é tão boa! (Acompanhado de um abraço)

FIM!

Pra quem chegou até aqui, dou como prêmio minha segunda matéria pro AZ. Enjoy it! =D

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Uma saga chamada jornalismo (1)

Venho aqui pedir desculpas aos meus leitores assíduos e avisar que vocês já podem conferir minha primeira matéria pro Portal Az aqui.

Eu nunca postei aqui o sofrimento que foi pra eu fazer a minha primeira matéria, que foi um teste pro Jornal Meio Norte. So, here we go!

Minha primeira matéria

Um belo dia lá estava no aconchego do lar do senhor meu ex-namorado, atual amigo, Ennio, quando meu celular da TIM toca (sim, eu tenho 3 celulares, cada um de uma operadora diferente). Olho no display e é um número de celular desconhecido. Fico em polvorosa sempre que me ligam de número desconhecido, exatamente pensando em oportunidades de estágio, principalmente se meu atual estágio for um inferno na terra, como era o da época.

Atendo toda serelepe e a pessoa do outro lado se apresenta como editor do maior jornal do Piauí. Observem que isso não significa que ele seja o melhor. É só o maior e ponto.

Ouço a tudo muito atenta até que ele pergunta se eu não tenho interesse em fazer um teste para a redação do Jornal.

- OK, man! (não disse mas deu vontade)
- Passe aqui na secretaria da redação amanhã, a partir das 8h que terá uma pauta com seu nome. É só falar com a recepcionista.

Eu estagiava a manhã inteira mas, pra razões nobres assim eu sempre usava meus minutos extras de adiantamento durante o mês inteiro e o carro do papai, claro! Peguei o carro e lá fui toda pimpona na redação pegar a tal pauta. Confesso que nem quando eu olhei o que porra teria que fazer desanimei.

Na época tava uma confusão doida na cidade porque os vendedores ambulantes (de roupas e comidas) achavam legal ficar no pólo de saúde da capital, que compreende 19 quarteirões wiskas sachê. Eles já estava lá havia um tempão ao cubo e a prefeitura, que quer deixar a cidade bonitinha pros turistas, começou a implicar que não era legal eles ficarem lá. Eu ainda não sabia que concordava com o prefeito.

Peguei minha pauta, cheguei no estágio meia horinha atrasada e comecei a mandar brasa pelo telefone. Como não sou uma pessoa corrupta, mesmo trabalhando num meio que o é em demasia, usei meu próprio telefone celular. O mesmo que tinha recebido a ligação na tarde do dia anterior. Liguei pra fulando, beltrano e entrei no MSN, onde recebi dicas importantíssimas do meu amigo Flávio, que havia trabalhado no tal jornal até bem pouco tempo atrás, agora trabalhava na Prefeitura (ahn? que luuuva!) e ainda podia usar o MSN. =P

Conversa vai, conversa vem, consigo 3 telefones importantíssimos. Como no centro é péssimo pra andar de carro, fui à pé mesmo, coisa de 7 quarteirões pra falar com o presidente do Sindicato dos Ambulantes de Teresina, que não sabia de nada; =O, coisa de mais 5 pra falar com o Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, que só me recebeu dali a 4 horas em outro lugar infinitamente mais longe, tão longe que tive que usar o carro.

Depois de tanto esperar, já eram 14h e eu estava VERDE de fome e cansaço. Resolvi almoçar na casa da minha madrinha, que àquelas alturas já devia estar na sua sesta sagrada e ter guardado todo o almoço. Quando cheguei ao apartamento percebi que não tinha me enganado. Ela não estava dormindo, mas o almoço já estava todo na geladeira. Calma, eu não comi gelado. Ela mandou esquentar e eu pude constatar meu espírito de pedreiro ao construir um morro de arroz, colocar um pouco de caldo de carne com seu respectivo pedaço ao lado e mandar brasa. Salada é coisa de gente fina que tem tempo pra comer. Eu tinha que estar no Hospital Getúlio Vargas pra falar com alguém que nem me lembro mais o cargo, às 15h. Ótimo. Engole e volta!

Como isso vai ficar muito grande e eu sei que todos terão preguiça de ler (porque EU tenho preguiça de textos muito grandes), resolvi quebrar em 2 partes. Hoje só a primeira, ok?

Beijosmeliguem!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Saudações padrão

Agora, de volta ao meu novo velho-antigo mundo naquela escola, eu vejo que tenho duas, e somente duas, saudações padrão. Elas são "opa" e "ôba".

Lá vem aquela pessoa que me conhece da época que eu ainda usava fraudas, da qual eu, logicamente, não lembro mais nem uma feição facial, e fala:

- Oooooiiii Natááááliaaa!!! É uma mulher, já!!!

No que eu prontamente respondo:

- Ôba!!! - E dou aquela levantadinha de sombrancelhas acompanhada de um quase sorriso.

Entenderam? Ahn? Ahn?

A outra se aplica às situações em que eu esbarro com a pessoa numa porta, num corredor e tenho que me espremer pra não derrubá-la.

Pessoa puxando a porta por dentro enquanto eu puxo por fora. Quando ela, finalmente, cede (ou eu), se segue.

- Opa! - Querendo ser nada mais que uma pessoa simpática e bem-humorada às 7h da manhã.
- Hehehe - Querendo dizer nada mais que "Vá pro inferno!" seu burro que não sabe ler o adesivo que tem escrito EMPURRE na porta!

Tchau, minha gente. Fui pular o carnaval do maranhão pruma banda! Prometo voltar viva e mais intelectual.

Rá!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Último dia de janeiro

minha gente, eu não faço a mínima idéia de quem seja o (a) M. Vaz,
mas não é da minha família

Ao contrário do que diz a musiquinha do Ludovic, meu janeiro não foi o pior dos meses esse ano. Nem chegou a ser propriamente o pior dos meses ano nenhum, acho. Quem é que vai achar ruim o mês em que se tem chuva, férias e viagens ?


Hoje é o último dia de janeiro e eu:

1) Comecei o ano em outro lugar que não fosse essa cidade ou o interior desse estado. Não menosprezando o interior, porque de quando em vez ainda tem alguma coisinha legal e sempre chove. Mas nessa cidade o reveillon é uma *BOSTA* mesmo;

2) Passei na disciplina que mais me atormentou o período inteiro. Não que ela fosse impossível, é que aluno quando não é cobrado na universidade a passa a ter os couros arrancados de uma hora pra outra, estranha, né? Normal. Média 8, ainda. =D

3) Atendi às minhas expectativas de ler ao menos 3 livros esse mês:

* Nós, os jovens (Romance do Espírito Rosângela, psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho);
* Espártaco (Howard Fast) – vale salientar que esse eu comecei a ler em outubro, na minha primeira ida a Sampa. Larguei um pouco e retomei a leitura agora no começo de janeiro, depois que voltei de Natal;
* A Aventura da Reportagem (Gilberto Dimenstein e Ricardo Kotscho) – ainda não terminei esse, mas só são 97 páginas e eu já estou na 53. Não é possível que não dê pra terminar isso daqui a pouco, né?

4) Em vez de só olhar a paisagem de Teresina (sic) no caminho pra universidade ou pro estágio, agora aproveito o tempo para ler ou escutar música. Nunca os 2 juntos. Não que eu não consiga, é que se eu fizer simultaneamente e acabar o livro e os cds, vai ser meio chato;

5) Voltei a estagiar. Mal comecei em um e já fui selecionada em outro. O desafio do mês de fevereiro vai ser manter os dois e ver como tudo ficará para março. Mesmo assim não pretendo desviar do caminho dos 3 livros esse mês também. Acervo aqui em casa é o que não falta. E, se esse milagre acontecer, eu tenho muitos amigos leitores compulsivos, né, Flávio? =D

6) Nunca estive tão perto de mudar de residência. Há 3 anos tentamos e parece que esse ano sai. Portanto, quem for de fora e quiser me visitar aqui em Teresina, já vai ter onde ficar e será muito bem-vindo. =]

7) Já dirijo na chuva novamente;

8) Já tenho viagem agendada pra depois de amanhã.

É, acho que meu ano começou bom. Vamos ver como se desenrola!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Post ainda por fazer*

Surprise, sometimes, will come around
Surprise, sometimes, will come around
I will surprise you sometime.
I'll come around
Oh, I will surprise you sometime.
I'll come around when you're down...

*Volto depois, com mais tempo, pra terminar. =]

Como prometido, aí vai.

Saudosismo desenfreado

É engraçado como quando eu estou sem ocupação (leia-se no ônibus, sem livro e com um mp4) eu penso em coisas. Coisas completamente aleatórias, sem sentido, que qualquer um pode pensar. Mas, na minha mente, eu desenvolvo um texto, uma crítica a qualquer situação e planejo horrores postar aqui no blog. A graça fica por conta do esquecimento. Eu sempre dou um jeito de esquecer o que ia postar. Até lembro do assunto, mas não consigo discorrer da mesma forma que tinha feito em pensamento. Nem o teclado acompanha meus devaneios.

No início da semana, quando chovia, eu cheguei ao estágio que, pra quem não sabe é a escola onde eu estudei da alfabetização à oitava série, e me senti tomada por um sentimento de nostalgia. Mas era aquele sentimento que me sufocava mesmo, o ar estava pesado, eu não conseguia simplesmente passar pelas coisas sem lembrar de milhões de acontecimentos pelos quais passei naquela escola. Apesar disso, continuo achando que não levei muito dela em mim. De qualquer forma, não se pode desprezar 8 anos da vida.

Passei pelo prédio velho, que hoje está reformado, não muito diferente de quando eu andava por lá, mas um pouco mudado. O chão de cimento que deixava os pés firmes por mais molhado que estivessem, foi substituído por um azulejo escorregadio e pessoas de serviços gerais que passam o pano freneticamente quando a chuva acaba.

A quadra da escola é a mesma. Os mesmo bancos, também de cimento, o mesmo alambrado e as mesmas salas que ficavam por trás. O banheiro também está no lugar. A diferença fica por conta do prédio que passou 5 anos sendo construído e, quando eu saí de lá, ainda era só um monte de concreto e a gente fazia educação física lá embaixo. De vez em quando rolava uma paquera no projeto de escada que hoje dá acesso ao novo prédio, de três andares que abriga terceiros anos e pré-vestibular. Tem até um elevador. A cantina era no espaço onde eu fazia capoeira em 1999.

É, a escola cresceu mesmo e, pela primeira vez na minha vida, depois de 7 anos sem pisar naquele lugar, eu senti saudades. Saudades da escada estreitinha que dava acesso ao andar onde os “alunos grandes” estudavam. Saudades das feiras de ciências e do quanto uma vez eu fiquei louca atrás de uma tv, só porque as pessoas daqui de casa não deixaram eu levar a minha (nem lembro mais sobre o que era nosso trabalho). Saudades das gincanas que eu amaaaaaaaaa (...aaa) va assim mesmo de coração. Pulava e gritava o dia inteiro, passava dias e noites (que pareciam ser infinitos) ajeitando tudo e, como eu estudava à tarde e tinha bem menos alunos que pela manhã, minha equipe sempre perdia. No ano que “a tarde” ganhou eu tava estudando pela manhã.

Saudade da buzina do carro do papai, que era um Santana e só ele tinha aquela buzina. Eu nem me preocupava em ficar esperando do lado de fora do pátio, porque sempre que ele chegava alguém gritava “Natáááália (nesse tempo ainda não me chamavam de Nat), é teu paaaai”. Isso se eu não for contar quando eu ficava do lado de fora e sabia que eu pai tava chegando por causa do farol do carro. Eu conhecia a forma do farol do carro. Não preciso dizer que isso me rendeu um belo problema de vista, né? Não é lá muito saudável ficar olhando pra farol de carro às 7h da noite esperando seu pai chegar.

Ele me pegava todo dia às 19h pra me levar à natação. Como ela começava exatamente nesse horário, eu não teria tempo de trocar de roupa no clube e ia trocando dentro do carro mesmo. Eu sei que já não era mais tão criancinha pra fazer isso no meio da rua em pleno tráfego, mas, como sempre fui tábua mesmo, não me incomodava muito e também nunca percebi que alguém olhasse. Era sempre no banco de trás e o carro tinha fumê (ou não).

Onde eu assistia aulas agora tem câmera, onde eu sentava no recreio agora tem bancos, onde eu jogava capoeira tem uma cantina. Onde eu esperava meu pai chegar, dentro da escola, tem uma escada e onde eu esperava ele chegar, fora da escola, tem um canteiro com muitas plantas e uma grade. Hoje eu vejo o quanto seria cansativo esperar meu pai chegar.

Lembro ainda do quanto o ar-condicionado era gelado nessa época do ano e que foi por causa disso que eu descobri que minha pressão é muito baixa. Ela normal é 10 por 6, mais ou menos. Tinha dias em que eu saía da sala com aproximadamente 8 por 4 e o rosto vermelho e quente, o que fazia minha mãe achar que era pressão alta e esconder todo o sal do mundo inteiro. Dá pra saber também que foi uma época difícil e eu quase morro, né? Hahaha

Mas, quando eu chegava em casa, estava passando a TV CRUJ ou Castelo Rá-Tim-Bum.

Aí ficava tudo bem. E por aí vai.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Carta para ninguém

Quando eu te perdi, não me dei conta de que isso tinha acontecido. Não sabia bem o que eu tinha feito e não entendia as tuas negativas a cada investida minha. Foi uma época ruim, porque eu sentia que tinha a todos e não tinha ninguém. Eu vivia numa época de conflitos internos e externos e gostava de te contar tudo o que se passava, mesmo que estivesses bem longe da minha realidade e dos meus amigos. A verdade é que sempre que eu pensava em um amigo, na minha mente vinha o teu nome. Sempre que eu pensava em palavras boas, lá vinha teu nome novamente afagar meus pensamentos com a certeza de que tu estarias sempre lá.

Eu te mandava mensagens no meio da noite quando acordava de um pesadelo e tu sempre respondias. Quando o dia tava frio (como hoje) nós saíamos pra conversar besteiras e aproveitar o tão curto espaço de tempo em que essa cidade brilha com céu cinza. O telefone sempre tocava, sempre mesmo, qualquer hora que fosse. E aí, eram hooooras de falação de besteira e, ao final, eu sempre desligava o telefone com a impressão de que, por mais que eu mudasse minhas atitudes para me proteger, por vezes me mostrando um pouco má, eu era uma pessoa boa. Não combinávamos em muitas coisas, é verdade. Porém, era isso que dava sentido a tudo. Tu querias ser assim e eu te ensinava a ser assado e vice-e-versa.

Os anos passaram, nós mudamos (e muito) e eu senti muita vontade de te escrever isso várias vezes, mandar pro teu e-mail, te fazer ler a verdade que tu merecias saber pra não me igualar a ti, que me privou dela o quanto pôde. Mas tudo o que eu fiz foi ligar no dia do teu aniversário. Ali eu percebi que não daria o braço a torcer e que nada mais seria como antes. Eu não te mandei o e-mail, não te escrevi a carta, não te comprei presente, não te expliquei absolutamente nada. Só resolvi me proteger de quem viesse depois.

Hoje, eu já não sinto mais nada por ti além de um carinho muito grande pela tua família, que sempre me acolheu e, agora tenho a possibilidade de provar, continua me acolhendo. Não tenho problemas em te desejar uma boa vida, que teus sonhos se realizem e que tu abras o olho para certas coisas e pessoas. Ao contrário do que podes pensar, eu ainda sei o que se passa na tua vida e a minha está repleta de pessoas que te cercam. Seria o destino me dizendo que eu devo, sim, dar o braço a torcer? Não sei. Se for, eu continuarei surda porque eu tenho certeza que isso não quero.

Acontece que tudo volta fantasiado de outros olhos, outros pensamentos, outras más atitudes em relação à minha pessoa. E tudo vai acontecer de novo porque, desde que eu entendi o que havia acontecido, resolvi baixar a guarda logo agora. Só que, assim como foi contigo, eu não consigo deixar pra lá, eu não consigo não conversar, eu não consigo entender que estava certa e fiz tudo errado. Eu não consigo entender que tudo era, sim, volátil demais, e, o principal, não consigo não me arrepender de ter dito as mesmas tantas coisas que um dia escrevi na tua agenda. É! Parece que eu não tinha aprendido ainda.

A minha vida pode não seguir sem os mesmos pensamentos de agora por alguns dias, mas ela vai seguir. Invariavelmente ela segue. Ainda resta carinho, preocupação, zelo, e esperança de que tudo volte, porque eu ainda guardo um pouco disso em mim. Mas é tão pouco que eu já começo a me entristecer com a perspectiva que tenho pra daqui uns dias (ou meses. Nunca anos). Ela é de que outra pessoa vai se transformar exatamente no que tu te transformastes pra mim. Um nick a mais no campo “pessoas aleatórias” do meu MSN.

“Só não vá se perder por aí.”

Eu não sei viver com o egoísmo de algumas pessoas e ponto final.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quase eu sem cabelo e vestida de azul



Eu disse...

BEM pouco amante!

Das inúteis constatações about love (L)

Nat . diz:
engraçado q qnd a gnt ama, até fazer nada é lindo com o ser amado, né?
Nat . diz:
apesar de que, eu acho fazer nada lindo o tempo todo
Nat . diz:
mas a pessoa que me ama pode achar que isso é amor por ela tbm

Porque hoje eu acordei assim, meio amante.

Mas não muito!