segunda-feira, 14 de maio de 2007

SOMOS QUEM PODEMOS SER. SONHOS QUE PODEMOS TER

O difícil é crescer. Deixar pra trás aquela vida difícil de ser obrigada a dormir à tarde e a fazer a tarefa de casa cedo pra poder brincar à noite. As obrigações de outrora são a diversão dos tempos atuais. O video game e a rede de volleyball já não têm a mesma graça. Parece que as pontas do calçamente da rua se arredondaram e as raladuras já não são mais tão freqüentes.

É... crescemos. É duro admitir que agora temos que acordar cedo, trabalhar pela manhã, estudar à tarde e nada de brincar à noite. À noite é a hora de fazermos a tarefa de casa para então dormirmos. Os fins de semana já não têm o mesmo gosto. Chegar de manhã em casa já não é mais tão legal. Agora o legal é descansar, ler um livro, assistir um filme. Ficar com o namorado, comer um sushizinho ou picanha de vez em quando. Escrever também é legal, mas pensar ainda é mais.

Já não existe mais a disposição de pintar as unhas e passar horas esperando o esmalte grosso secar. Nem a de fazer cartinhas ou até mesmo atualizar o blog. A falta de inspiração comanda sempre, afinal o lema agora é DES-CAN-SAR!

Como disse o meu amigo Edson, nós crescemos. As músicas não são as mesmas, as roupas também não. Os amigos também não, mas quanto a isso eu acho é bom mesmo. Alta rotatividade nem sempre designa uma coisa ruim. Principalmente pra mim, que ajo de acordo com as estações.

Sábado, na aula de inglês, me perguntaram o que eu penso acerca do futuro. Se eu dissesse que vivo apenas um dia após o outro, estaria mentindo. Eu imagino sim o futuro. Ou melhor, OS futuros. Me imagino com dois futuros. No primeiro eu viajo, aprendo a falar 7 idiomas, trabalho num restaurante meia-boca na Europa, só pra pagar as contas e a estadia nos albergues e viajo de carona. Sem vínculos, um amor em cada cidade, bem Doce Novembro mesmo. No segundo eu me caso, tenho 4 filhos, sou funcionária pública e viajo sempre nas férias, pra conhecer meu país e trazer novidades das cidades que visitei para free-lancers nos jornais da cidade a qual habitarei. São um pouco antagônicos meus futuros, né? Mas quem sabe eu consigo uni-los, arrumando assim um marido que me acompanhe nas andanças, e filhos com um espírito aventureiro que nem eu mesma tenho. Só não poderei abrir mão da carreira pública que, aliás, é uma das oucas coisas que eu tenho certeza que quero nessa vida.

Nunca me disseram que as nuvens são de algodão. Mas eu sei que sim. Principalmente quando elas se tranformam em elefantes e pirulitos, alimentando minha imaginação fértil de criança.