sábado, 6 de janeiro de 2007

CABELOS

Não, não é um posto sobre a beleza dos meus, vossos, nossos cabelos. É que estou pelos cabelos mesmo, ou seja, em tempo de ter uma pilôra, ou seja, muito, muito, muito lascada. O tempo, de novo, me perseguindo e eu sendo vítima dele. É uma droga essa coisa de morar longe porque eu acho que não dá tempo fazer nada por causa do tempo que eu vou passar no ônibos indo e voltando de abc... A verdade é que se eu morasse perto de tudo, talvez tivesse que ir a pé e isso é contra minha religião. Principalmente aqui em Teresina, que não se caminha nem 2 metros sem derramar três litros de suor. E isso é, ainda mais, contra a minha religião. Mas ela está, aos poucos, está se tornando mais liberal. Imaginem... a 4 meses atrás, academia também era contra a minha religião. ;D Se duvidar, nem tempo de arrancar os cabelos eu tenho. É aula, academia, universidade, e ainda gasto pensamendo (ou seja, tempo!) pensando em estágio. Trabalhar ou não trabalhar? Eis a questão. Amanhã é domingo e não pede cachimbo, muito menos o cachimbo é de ouro. Se fosse ainda ia. E nem tem pé de cachimbo também. Vou ler meu livro, que ainda não cheguei na metade. Mas tá perto. E considerando-se que ainda não estamos na metade do mês (só estamos perto), se continuar no mesmo ritmo, dá pra começar a ler outro ainda em 1º de fevereiro. MORRAM!!! Vou ler mais de 12 livros esse ano. Sou muuuito cool intimista.

DOIDA POR QUÊ?

Só porque eu tenho um amigo imaginário e só converso com ele em inglês? É que eu sou superior, e até meu amigo imaginário é estrangeiro e eu sei falar a língua dele. Senão não seríamos amigos. Mas quando eu voltar a estudar francês, vou expandir as fronteiras imaginárias. Esperem!

INCERTEZAS

Ele sempre procurou um sentido verossímil para todas as coisas da vida e com essa relação não foi diferente. Era por demais inverossímil. O amor, a cumplicidade, a compreensão entre eles era absoluta, inteiramente absoluta. Ele lembra com carinho do dia em que a conheceu. Aquele rosto em meio a tantos, aquele amigo querendo chegar primeiro, aquele clima juvenil, na época em que a idade é mais favorável ao corpo e aos pensamentos. Chegou sem pedir licença, com um jeito cativante e apaziguador de várias situações. Aquela menina prometia. Desenvolta, sorridente e muito tagarela, ela percebeu os olhares e foi-se chegando de um modo que ele percebesse a deixa. Ela não sabia, mas seria sempre assim, ele olha e ela dá uma deixa. Passaram a noite assim. Os dias se seguiram e eles trocaram cartas. Sim, cartas! Daquele jeito bem antigo. Foram 5, 10, quem sabe até 20 cartas. Elas eram verdadeiras e cheias de amor, um amor quase infantil, um amor que não exige muito do outro, que por si só se sustenta, apesar da distância, tanto geograficamente como ideologicamente. A menina escrevia banalidades e ele adorava ler aquelas cartas cheias de verdades. Eles saiam e se entendiam bem. As ligações eram durante a madrugada e duravam horas. Não era permitido em outro horário, porque de madrugada todos dormem e eles sentiam que o mundo inteiro era só deles por um longo tempo. E foi assim durante muito tempo até que a menina começou a sonhar. Sonhou alto, foi lá e realizou. Mas pra isso teve de abdicar do amor dele e não fez questão de recuperá-lo. Foi como se ela tivesse feito juras de amor e no dia seguinte já não lembrasse mais. É estranho, e isso foi a única coisa para a qual ele não achou um sentido verossímil, por mais distante que possa ser. Ele pensa, hoje, uq poderia ter sido tudo diferente. Ela abriu mão de seu amor e poderia não tê-lo feito, mesmo sem abrir mão de seu sonho. São escolhas que caminham por estradas diferentes... e opostas. Amar ou não as pessoas verdadeiras? Acontece que no seu sonho, a garota construiu um mundo do qual ela não quer sair, e conheceu pessoas que não estão distantes. Nem geograficamente nem ideologicamente. Talvez ela tenha feito a escolha mais cômoda. O que ela não sabe, é que magoou muita gente e isso não volta mais. O menino lamenta, mas não faz disso um drama mexicano. Deixa-se levar é o que faz pra tentar esquecer. Deixar-se levar com o que ele tem ao seu alcance, que não é ruim. Já não existem mais as cartas, nem as ligações. Nem torpedos eles trocam. Vai entender o sentido pra isso.