sábado, 3 de fevereiro de 2007

ASSUNTO CLICHÊ

http://www.estado.com.br/editorias/2007/02/03/ger-1.93.7.20070203.13.1.xml
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/fev/02/110.htm

Será que é tão difícil assim usar gás-natural como combustível, em vez de gasolina ou óleo diesel? 'É que a vida útil do motor cai muito' ou 'Não compensa porque o custo da transição é elevado'. E o biodiesel? Tá, eu não tenho conhecimento o suficiente pra escrever mais de 5 linhas sobre as vantagens do biodiesel para o planeta, mas pelo menos, sei que ele não polui. Sei também que a União Européia está impondo sanções aos países exportadores de biodiesel (leia-se, Brasil) que não adotarem um padrão na sua extração. São impostas barreiras à entrada do biodiesel brasileiro na Europa, porque aqui nós utilizamos o trabalho escravo e maltramos o solo para obtê-lo (leia-se, desmatamos). Acho que o biodiesel sai daqui a preço de banana.
Enfim, meu pai diz que desde pequena, minha consciência ecológica é aguçada, e olha que eu nem estudei ecologia na 4ª série. Mas é porque eu sei que quero deixar aqui filhos, que vão querer ter filhos, que terão filhos, que por sua vez, terão filhos também. Se o problema não me atrapalha, vai atrapalhar os filhos dos filhos dos filhos dos filhos dos meus filhos. E mãe que é mãe se importa desde cedo. Bah... devaneios à parte. O esforço que temos de fazer é tão pequeno, que chega a ser insignificante. É uma questão de costume, de educação. Eu desligo a torneira da pia enquanto escovo os dentes, não porque quero salvar a humanidade da secura, da falta de água; e sim porque eu sou educada. Se não preciso, não gasto. Por que eu banho minha cadela com uma bacia de água do lado? Porque não vou precisar de mais do que aquela água pra banhá-la! É tão óbvio. Alguém já parou pra observar que, quando falta água e temos que banhar de 'cuia', como diz minha mãe, só usamos a água que tem no balde. E saímos do banheiro bem banhados (pelo menos eu saio). Enquanto que se tivesse água no chuveiro, passaríeis horas e horas cantando, pulando e sonhando estar em algum programa de super stars. E a água caindo. Tchóóóóó. (essa foi pro Rafael).
Enquanto a cidade esquenta, a vizinha briga porque o pé de cajá, juntamento com o de goiaba QUE DÃO FRUTA O ANO QUASE TODO pro quintal dela, estão destelhando a casa. Claro que meu pai, bom vizinho que é, mandou cortar. E em tempos de B-R-Ó Bró, quem quiser que se lasque de calor aqui em casa. As árvores, baby, ajudam a diminuir a poluição do ar. Ainda bem que os pés de jambo estão na frente da casa. Podem, no máximo, derrubar o fio do telefone e o da energia, mas quem precisa disso, né? Pois bem. Elas absorvem o CO2 presente no ar e é por isso que são ótimos medidores de poluição, porque quando tem CO2 demais, começam a se formar líquens em seus troncos. Sim sim. Nem tenho muita convicção , mas lembro vagamente de ter estudado isso na escola, porque as questões ambientais realmente me chamavam atenção.
Não é querendo dar uma de ativista ambientalista neurótica psicótica do green peace não. Só tento mostrar o quanto as atitudes estão ao nosso alcance e nós vamos deixando pra depois. Eu sempre apago luzes que não estão sendo usadas na casa, as torneiras sempre sou eu que fecho quando estão vazando (sim, meu ouvido é biônico), e sou muito a favor de que a mesma água usada pra escovar os dentes e lavar as mãos, da pia do banheiro, seja aproveitada na descarga. Já disse pro meu pai que, se eu não tiver dinheiro pra converter meu carro pra gás natural, vou ter um carro movido a álcool(flex), mesmo que eu morra de raiva todo dia de manhã quando quiser sair e ele tiver que esquentar primeiro; ou mesmo que o combustível não renda tanto; mesmo que a vida útil do motor não seja tão grande; mesmo que o combustível feda pra caralho e eu chegue nos meus compromissos fedendo a álcool (aí só se o carro foir MUITO velho); mesmo que tudo e qualquer coisa. Eu tenho consciência ambiental. não estou por dentro de tudo que posso fazer, mas o que sei que posso, é feito. Podem ter certeza.
P.S.: Meu pai usou o argumento de que a camada de ozônio próxima ao equador é mais densa. Jogo baixo!
P.S.2: A idéia de Teresina ser uma cidade litorânea daqui a 15 anos não me atrai nem um pouco. Já chega ter 2 rios. Não aguentaria o ano inteiro no sal.
P.S.3: Esqueci que, daqui a 15 anos, não morarei mais aqui. :D

CIRCO

Teve o circo ontem. O espetáculo começou às 20:30h e eu fiquei com medo de ir por causa do vestido que era muito decotado. O circo é meio derrubado, mas pode ser considerado a expressão artístico-cultural da galera do arame. E foi por isso que os meninos deixaram carros, bolsas, jóias e celulares comigo e foram a pé.
Me disseram que é, realmente, um espetáculo. Pobrinho, mas um espetáculo. Tem palhaço, acrobata e o circo é uma família só. No sentido denotativo mesmo. A mulher que vende o algodão-doce (não com bafo, e sim feito na hora) é mulher do palhaço e a acrobata de pano (que nem a mulher que saiu do BBB7), é filha deles.
A lona do circo - parte pela qual eu posso assumir a responsabilidade do comentário, porque essa sim, eu vi - é um espetáculo à parte. Não sei quanto custa uma lona, mas sei que cobrando R$1,00 pela entrada não dá nem pra comprar outra. É algo que, por mais que eu tente, não consigo descrever. Ela é rasgada. Um monte de rasgos, que parecem furos, sei lá. Uma porção de rasgos pequenos-grandes espalhados pela lona toda, de modo que, ao chover, você não só se molha como também pega toda a sujeira de cima dela - o que estimo não ser pouca.
O palhaço já conhece seu público, pequeno e constituído de pessoas pobres, carentes. Conhece por nome mesmo, e tira as brincadeiras com eles. Os meninos fizeram tipo pra não chamar muito a atenção, mas não acredito que tenham conseguido muito bem. Principalmente depois de a Manuella chegar num Celta, com belas pernas à mostra. Ela sim, não passou nem um pouco por carente. E os meninos prenderam a respiração a cada brincadeira do palhaço com os 'barra-pesada' do fundão do picadeiro (não lembro de ninguém ter me falado de um picadeiro).
O certo é que eu, Clarissa e Iago ficamos com inveja da aventura e decidimos marcar presença hoje, acompanhando o amigo Juninho na sua reportagem sobre o local. Amanhã coloco fotos e um post mais apurado.