terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Uma saga chamada jornalismo (1)

Venho aqui pedir desculpas aos meus leitores assíduos e avisar que vocês já podem conferir minha primeira matéria pro Portal Az aqui.

Eu nunca postei aqui o sofrimento que foi pra eu fazer a minha primeira matéria, que foi um teste pro Jornal Meio Norte. So, here we go!

Minha primeira matéria

Um belo dia lá estava no aconchego do lar do senhor meu ex-namorado, atual amigo, Ennio, quando meu celular da TIM toca (sim, eu tenho 3 celulares, cada um de uma operadora diferente). Olho no display e é um número de celular desconhecido. Fico em polvorosa sempre que me ligam de número desconhecido, exatamente pensando em oportunidades de estágio, principalmente se meu atual estágio for um inferno na terra, como era o da época.

Atendo toda serelepe e a pessoa do outro lado se apresenta como editor do maior jornal do Piauí. Observem que isso não significa que ele seja o melhor. É só o maior e ponto.

Ouço a tudo muito atenta até que ele pergunta se eu não tenho interesse em fazer um teste para a redação do Jornal.

- OK, man! (não disse mas deu vontade)
- Passe aqui na secretaria da redação amanhã, a partir das 8h que terá uma pauta com seu nome. É só falar com a recepcionista.

Eu estagiava a manhã inteira mas, pra razões nobres assim eu sempre usava meus minutos extras de adiantamento durante o mês inteiro e o carro do papai, claro! Peguei o carro e lá fui toda pimpona na redação pegar a tal pauta. Confesso que nem quando eu olhei o que porra teria que fazer desanimei.

Na época tava uma confusão doida na cidade porque os vendedores ambulantes (de roupas e comidas) achavam legal ficar no pólo de saúde da capital, que compreende 19 quarteirões wiskas sachê. Eles já estava lá havia um tempão ao cubo e a prefeitura, que quer deixar a cidade bonitinha pros turistas, começou a implicar que não era legal eles ficarem lá. Eu ainda não sabia que concordava com o prefeito.

Peguei minha pauta, cheguei no estágio meia horinha atrasada e comecei a mandar brasa pelo telefone. Como não sou uma pessoa corrupta, mesmo trabalhando num meio que o é em demasia, usei meu próprio telefone celular. O mesmo que tinha recebido a ligação na tarde do dia anterior. Liguei pra fulando, beltrano e entrei no MSN, onde recebi dicas importantíssimas do meu amigo Flávio, que havia trabalhado no tal jornal até bem pouco tempo atrás, agora trabalhava na Prefeitura (ahn? que luuuva!) e ainda podia usar o MSN. =P

Conversa vai, conversa vem, consigo 3 telefones importantíssimos. Como no centro é péssimo pra andar de carro, fui à pé mesmo, coisa de 7 quarteirões pra falar com o presidente do Sindicato dos Ambulantes de Teresina, que não sabia de nada; =O, coisa de mais 5 pra falar com o Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, que só me recebeu dali a 4 horas em outro lugar infinitamente mais longe, tão longe que tive que usar o carro.

Depois de tanto esperar, já eram 14h e eu estava VERDE de fome e cansaço. Resolvi almoçar na casa da minha madrinha, que àquelas alturas já devia estar na sua sesta sagrada e ter guardado todo o almoço. Quando cheguei ao apartamento percebi que não tinha me enganado. Ela não estava dormindo, mas o almoço já estava todo na geladeira. Calma, eu não comi gelado. Ela mandou esquentar e eu pude constatar meu espírito de pedreiro ao construir um morro de arroz, colocar um pouco de caldo de carne com seu respectivo pedaço ao lado e mandar brasa. Salada é coisa de gente fina que tem tempo pra comer. Eu tinha que estar no Hospital Getúlio Vargas pra falar com alguém que nem me lembro mais o cargo, às 15h. Ótimo. Engole e volta!

Como isso vai ficar muito grande e eu sei que todos terão preguiça de ler (porque EU tenho preguiça de textos muito grandes), resolvi quebrar em 2 partes. Hoje só a primeira, ok?

Beijosmeliguem!