sábado, 3 de fevereiro de 2007

CIRCO

Teve o circo ontem. O espetáculo começou às 20:30h e eu fiquei com medo de ir por causa do vestido que era muito decotado. O circo é meio derrubado, mas pode ser considerado a expressão artístico-cultural da galera do arame. E foi por isso que os meninos deixaram carros, bolsas, jóias e celulares comigo e foram a pé.
Me disseram que é, realmente, um espetáculo. Pobrinho, mas um espetáculo. Tem palhaço, acrobata e o circo é uma família só. No sentido denotativo mesmo. A mulher que vende o algodão-doce (não com bafo, e sim feito na hora) é mulher do palhaço e a acrobata de pano (que nem a mulher que saiu do BBB7), é filha deles.
A lona do circo - parte pela qual eu posso assumir a responsabilidade do comentário, porque essa sim, eu vi - é um espetáculo à parte. Não sei quanto custa uma lona, mas sei que cobrando R$1,00 pela entrada não dá nem pra comprar outra. É algo que, por mais que eu tente, não consigo descrever. Ela é rasgada. Um monte de rasgos, que parecem furos, sei lá. Uma porção de rasgos pequenos-grandes espalhados pela lona toda, de modo que, ao chover, você não só se molha como também pega toda a sujeira de cima dela - o que estimo não ser pouca.
O palhaço já conhece seu público, pequeno e constituído de pessoas pobres, carentes. Conhece por nome mesmo, e tira as brincadeiras com eles. Os meninos fizeram tipo pra não chamar muito a atenção, mas não acredito que tenham conseguido muito bem. Principalmente depois de a Manuella chegar num Celta, com belas pernas à mostra. Ela sim, não passou nem um pouco por carente. E os meninos prenderam a respiração a cada brincadeira do palhaço com os 'barra-pesada' do fundão do picadeiro (não lembro de ninguém ter me falado de um picadeiro).
O certo é que eu, Clarissa e Iago ficamos com inveja da aventura e decidimos marcar presença hoje, acompanhando o amigo Juninho na sua reportagem sobre o local. Amanhã coloco fotos e um post mais apurado.